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Cory Asbury se baseou em um drama familiar que viveu para compor a canção |
Sem dúvidas, a maior parte das
igrejas evangélicas em todo o mundo canta ou já cantou alguma vez em seus
cultos a canção “Reckless Love” (No
Brasil, já foi gravada por artistas como Isaias Saad, Davind Quinlan e Nívea
Soares, intitulada “Ousado Amor”). A música é baseada num drama familiar vivido
pelo autor, Cory Asbury, e isso será contado em um filme, dirigido pelo ator e cineasta
DeVon Franklin (“O Céu é de Verdade”, 2014).
A canção foi lançada oficialmente
em janeiro de 2018 no primeiro álbum solo de Cory e chegou a atingir o primeiro
lugar no Hot Christian Songs Chart,
da Billboard, ficando 68 semanas no ranking de músicas mais tocadas. Além
disso, a obra conta com mais de 300 milhões de streams e mais de 125 milhões de
visualizações no YouTube.
Em entrevista ao The Christian Post, Cory contou o quanto
a música lhe representa, pois foi baseada em um período difícil no relacionamento
que ele tinha com seu pai. É justamente nesse ponto que o filme deve explorar, mostrando
como esse episódio foi vital para impactar a visão pessoal do músico sobre
Deus.
Cory esclareceu que a ideia sobre
o filme surgiu no mesmo período em que a música começou a fazer sucesso, em
2018. No entanto, ele declinou de início, pois tinha receio de que o projeto adquirisse
um tom meramente mercadológico.
"Quando DeVon me ligou, no
verão de 2018 para discutir a possibilidade de fazer um filme sobre a música,
eu tinha a intenção de dizer a ele 'Obrigado, mas não!'. Se você me conhece,
sabe o quanto eu valorizo a autenticidade e a realidade, então aproveitar o
sucesso de uma música que Deus me deu gratuitamente me pareceu um pouco
explorador".
Além disso, o músico destacou que
queria valorizar a autenticidade da música e, ao mesmo tempo, não queria magoar
seu pai de forma alguma compartilhando publicamente sua história de vida.
“Eu queria proteger e preservar
sua pureza a todo custo, o que, em minha mente, significava não 'vender' as
oportunidades legais que surgissem. Eu também estava ciente da fragilidade de meu
relacionamento com meu pai e não queria expô-lo (ou a mim mesmo) de maneira
prematura".
O músico contou que mudou de
ideia quando o cineasta lhe disse algo que fez a diferença para ajudá-lo a
tomar a decisão de seguir em frente com o filme. “Franklin me disse algo que
realmente tocou meu coração e me fez ver além de mim mesmo. Ele disse 'Cory, e
se este filme for maior do que você e sua história? E se trouxer cura para seu
pai e outros pais em todo o mundo? '”, lembrou.
Isto foi o suficiente, não apenas
para Cory começar a pensar sobre o projeto, mas também por acertar as contas
com seu pai. Assim, ele viajou de volta para casa para se encontrar com seu pai
e pedir permissão para contar sua história. “Choramos juntos. Foi o primeiro
passo para curar nosso relacionamento. Não é preciso dizer que eu estava
ouvindo o que Deus poderia querer fazer durante todo o processo”, disse ele,
sobre o encontro.
O cineasta também divulgou a
notícia online. “‘Reckless love’, do meu irmão Cory Asbury, é uma das canções
mais emocionantes e transcendentes que já ouvi. Isso o domina com a lembrança
de quão poderoso é o amor de Cristo. É uma música que te persegue e te prende”,
disse Franklin em seu perfil no Instagram.
Polêmica – Apesar da
história como pano de fundo, “Reckless Love” também é alvo de críticas em
diversos círculos teológicos. Principalmente, pelo termo “reckless” (“ousado”, “imprudente”), que atentaria contra a
soberania divina.
Em agosto do ano passado, o
músico John Cooper, líder da banda Skillet, criticou o movimento “Worship” moderno ao afirmar que os
cristãos atuais dão muitos ouvidos a "influenciadores musicais". Ele afirmou
que “Reckless Love” traz em si uma
imagem meramente humanista do relacionamento de Deus ao homem.
O canal Teologueiros também fez
uma análise minuciosa sobre a versão brasileira da música. Confira:
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